segunda-feira, 14 de maio de 2012

Filosofia Moderna


O desenvolvimento da ciência  moderna inseriu-se em um contexto de questionamento sobre os critérios e métodos para elaboração de um conhecimento verdadeiro. Por essa razão, o processo de conhecer em si mesmo passou a ser investigado e discutido intensamente por boa parte dos principais filósofos. Essa discussão concentrou-se entre os séculos XVII e XVIII. Em consequência, a Idade Moderna tornou-se o período em que se formularam algumas das principais gnosiologias, ou teorias a respeito do conhecimento, da história e da filosofia. A Filosofia Moderna é o período conhecido como o grande Racionalismo Clássico, caracterizado pelo ceticismo originado do pessimismo teórico que duvida da capacidade humana para conhecer a realidade exterior e o homem. É o surgimento da teoria do conhecimento ou Epistemologia com os seus problemas fundamentais como se é possível o conhecimento de si mesmo e do mundo.
De meados do século XVIII ao começo do século XIX compreende a Filosofia da Ilustração ou Iluminismo. Este período também crê nos poderes da razão, igualmente denominada de “As luzes”, é a etapa de afirmação do ideário burguês de sociedade e da crença na maioridade humana por meio do uso da razão. A razão é capaz de aperfeiçoamento e progresso, e o homem é um ser perfectível, na medida em que consegue se liberar dos preconceitos religiosos, sociais e morais por meio do avanço das ciências, das artes e da moral laica. Pela razão, o homem pode conquistar a liberdade e felicidade social e política.
A Filosofia Moderna, a partir do início do Renascimento, no século XV, frequentemente é subdividida em:
---renascentista – Maquiavel, Montaigne, Giordano Bruno, entre outros;
---do século XVII – Francis Bacon, Descartes, Pascal, Hobbes, Espinosa, Leibniz, entre outros;
---do século XVIII ou iluminista – Locke, Bertkeley, Hume, Kant, Rousseau, Voltaire, entre outros.
Fonte: Gilberto Cotrim e  Marilena Chaui

sábado, 5 de maio de 2012

A nova forma de pensar

Racionalismo
A palavra racionalismo deriva do latim ratio, que significa “razão”, e é empregada em diversos sentidos. No contexto das teorias do conhecimento, racionalismo, designa a doutrina que atribui exclusiva confiança à razão humana como instrumento capaz de conhecer a verdade. Como advertia René Descartes, não devemos nos deixar persuadir senão pela evidência de nossa razão. A dúvida filosófica propriamente dita surge de uma necessidade inquietante de explicação racional 
Segundo os racionalistas, a experiência sensorial é uma fonte permanente de erros e confusões sobre  a complexa realidade do mundo. Somente a razão humana, trabalhando com os princípios lógicos, pode atingir o conhecimento verdadeiro, capaz de ser universalmente aceito.
Para o racionalismo, os princípios lógicos fundamentais seriam inatos, isto é, já estariam na mente do ser humano desde o nascimento. Daí a razão ser concebida como a fonte básica do conhecimento.
Empirismo
A palavra empirismo tem sua origem no grego empeiria, que significa “experiência”. As teoria empiristas defendem a tese de que todas as nossas ideias são provenientes da experiênciae, em última instância, de nossas percepções sensoriais(visão, audição, tato, paladar, olfato).
Um dos principais defensores do empirismo foi o filósofo inglês John Locke, que afirmava que nada vem à mente sem ter passado antes pelos sentidos. Locke entendia que, ao nascermos nossa mente é como um papel em branco desprovida de qualquer ideia e a experiência supre o conhecimento por meio de duas operações: -sensação que leva para a mente as várias e distintas percepções das coisas, através dos sentidos. –reflexão que consiste nas operações internas da própria  mente, desenvolvendo a ideias fornecidas pelos sentidos.
 Criticismo Kantiano
Immanuel Kant sintetiza seu otimismo iluminista em relação à possibilidade de o ser humano guiar-se por sua própria razão, sem se deixar enganar pelas crenças, tradições e opiniões alheias. Para ele à maneira em que o indivíduo cresce e amadurece, torna-se consciente da força e independência (autonomia) de sua inteligência para fundamentar sua própria maneira de agir, sem doutrinação ou tutela de outrem. Assim, o ser humano, como ser dotado de razão e liberdade é o objeto de estudo de Kant que, parte da investigação sobre as condições nas quais se dá o conhecimento, realizando um exame crítico da razão.
O problema do conhecimento, a questão do saber passa por duas formas básicas do ato de conhecer: -conhecimento empírico aquele que se refere aos dados fornecidos pelos sentidos. –conhecimento puro aquele que não depende de quaisquer dados dos sentidos, nascendo puramente de uma operação racional, constitui assim, um conhecimento universal.
Para Kant, sua filosofia representava uma superação do racionalismo e do empirismo, pois argumentava que o conhecimento é o resultado de dois grandes ramos: a sensibilidade, que nos oferece dados dos objetos, e o entendimento, que determina as condições pelas quais o objeto é pensado.

Fonte: Gilberto Cotrim

Platão e Aristóteles

Platão defendia o Inatismo, nascemos como princípios racionais e ideias inatas. A origem das ideias segundo Platão é dado por dois mundos que são o mundo inteligível, que é o mundo que nós, antes de nascer, passamos para ter as ideias assimiladas em nossas mentes. Quando nós nascemos no mundo conhecidos por todos, o mundo em que vivemos, denominado por Platão como mundo sensível nós já temos as ideias formuladas em nossas mentes mas muito guardadas que para serem utilizadas  é necessário “relembrar” as ideias já conhecidas através do mundo inteligível. Para Platão existem quatro formas ou graus de conhecimento que são a crença, opinião, raciocínio e indução. Para ele as duas primeiras podem ser descartadas da filosofia pois não são concretas, sendo as duas últimas são as formas de fazer filosofia. Para Platão tudo se justifica através da matemática e através dessa que nós chegamos a verdadeira realidade. Para Platão o conhecimento sensível ( crença e opinião ) é apenas uma da realidade, como se fosse uma visão dos homens da caverna do texto “Alegoria da Caverna” e o conhecimento intelectual  (raciocínio e indução) alcança a essência das coisas, as ideias.
Já Aristóteles era um filosofo que defendia o Empirismo, as ideias são adquiridas  através de experiência, na realidade o Empirismo não era concreto na época de Aristóteles, muitos filósofos como eu defendo que Aristóteles foi um dos criadores das principais ideias do Empirismo e para outros filósofos ele é apenas um realista, um filósofo que dá muita importância para o mundo exterior e para os sentidos, como a única fonte do conhecimento e aprimoramento do intelecto.
Ao contrário de Platão, Aristóteles defendia que a origem das ideias é através da observação de objetos para após a formulação da ideia dos mesmos. Para Aristóteles o único mundo é o sensível e que também é o inteligível.
Aristóteles diz que existem seis formas ou grau de conhecimento: sensação, percepção, imaginação, memória, raciocínio e intuição. Para ele o conhecimento é formado e enriquecido por informações trazidas de todos os graus citados e não há diferença entre o conhecimento sensível e intelectual, um é continuação do outro, a única separação existente é entre as seis primeiras formas e a última forma pois a intuição é puramente intelectual, mas isso não quer dizer que as outras formas não sejam verdadeiras mas sim formas de conhecimento diferentes que utilizam coisas concretas.
Podemos defender Aristóteles, dizendo os problemas sobre a teoria das ideias apresentada por Platão, como por exemplo, sua teoria diz que você vem ao mundo com suas ideias já formuladas e que essas ideias são intemporais, e como Platão explica diferentes ideias sobre o que é justiça? Ideia que segundo ele é inata e todos tem a mesma fonte do que seria a justiça.
Já a tese formulada por Aristóteles permite essa diferença, pois as ideias não são assimiladas por todas as pessoas na mesma fonte, pois a fonte é a experiência e nem todos tem as mesmas experiências.
A teoria Platônica não permite a introdução de novas ideias no mundo inteligível, já através da observação, princípio Aristotélico, a introdução de novas ideias é perfeitamente possível. Com isso podemos concluir, ser a teoria Aristotélica mais defensável.
Neste texto de Paulo Tadeu da Silva, pode-se dizer que para Aristóteles o conceito de escola seria o resultado da observação sistemática das diferentes instituições às quais se atribui o nome escola. Somente dessa maneira, para Aristóteles, o conceito de escola pode ter sentido universal, já que reúne em si a estrutura essencial aplicável ao conjunto das múltiplas escolas concretas existentes no mundo.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Ontologia


Ontologia significa o conhecimento do ser, e é um termo de origem grega. Ontologia reproduz a natureza do ser, da existência dos entes, da realidade e das questões metafísicas em geral.
Ontologia (em grego ontos e logoi, "conhecimento do ser") é a parte da filosofia que trata da natureza do ser, da realidade, da existência dos entes e das questões metafísicas em geral. A ontologia trata do ser enquanto ser, isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres. Costuma ser confundida com metafísica. Conquanto tenham certa comunhão ou interseção em objeto de estudo, nenhuma das duas áreas é subconjunto lógico da outra, ainda que na identidade.
A ontologia é a parte da metafísica que estuda o ser em geral e as suas propriedades transcendentes. Pode dizer-se que é o estudo do ser por aquilo que é e como realmente é. A ontologia define o ser e estabelece as categorias fundamentais das coisas a partir do estudo das suas propriedades, dos seus sistemas e das suas estruturas.
A ontologia é uma parte da filosofia, trata do ser concebido que tem uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres. Para a ontologia, qualquer coisa que existe é percebida apenas como algo que é nada mais do que isso, por isso ela é fundamental para muitos ramos da filosofia.
Os pensadores gregos da Antiguidade procuraram descobrir não apenas a origem de cada ser, ou de tudo o que existe, mas também o seu propósito, sua finalidade.
Este pensamento de Rubem Alves, explicita bem a busca do conhecimento do ser: "Pensar é voar sobre o que não se sabe. Não existe nada mais fatal para o pensamento que o ensino das respostas certas. As respostas nos permitem andar sobre a terra firme. Somente as perguntas nos permitem entrar pelo mar desconhecido. "(Rubem Alves)