quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Velhos hábitos


Velhos hábitos

 

Certa vez duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente. Assim, logo ao cair, nadou até a borda do copo. Porém, como a superfície era muito lisa e suas asas estavam molhadas, não conseguiu escapar. Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou, parou de se debater e afundou.

 Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser forte, era tenaz, e por isso continuou a se debater e a lutar. Aos poucos, com tanta agitação, o leite ao seu redor formou um pequeno nódulo de manteiga, no qual ela subiu. Dali, conseguiu levantar vôo para longe.

         Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido, novamente caiu num copo, desta vez cheio d’água. Como pensou que já conhecia a solução daquele problema, começou a se debater na esperança de que, no devido tempo, se salvasse.

 Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e perguntou se ela queria ajuda. A mosca tenaz respondeu: “Pode deixar que eu sei como resolver este problema”. E continuou a se debater mais e mais até que, exausta, afundou na água e morreu.

         Soluções do passado, em contextos diferentes, podem se transformar em problemas. Se a situação modificou, dê um jeito de mudar. Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixam de observar as mudanças ao redor e ficam lutando inutilmente até afundar na própria falta de visão? Criamos uma confiança equivocada e perdemos a oportunidade de repensar nossas experiências. Ficamos presos aos velhos hábitos que nos levaram ao sucesso e perdemos a oportunidade de evoluir.

                                                                                              (Autor desconhecido)

domingo, 23 de setembro de 2012

Brasil


Hino Nacional Brasileiro
Composição: Francisco Manuel da Silva / Joaquim Osório Duque Estrada
I
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
II
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores".
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro desta flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

Veja  o significado dos termos usados na letra do Hino:

* Margens plácidas – “Plácida” significa serena. Calma.
* Ipiranga – É o riacho junto ao qual D. Pedro I teria proclamado a independência.
* Brado retumbante – Grito forte que provoca eco.
* Penhor – Usado de maneira metafórica(figurada). “penhor desta igualdade” é a garantia, a segurança de que haverá liberdade.
* Imagem do Cruzeiro resplandece – O “Cruzeiro” é a constelação do Cruzeiro do Sul que resplandece (brilha) no céu.
* Impávido colosso – “Colosso” é o nome de uma estátua de enormes dimensões. Estar “impávido” é estar tranqüilo, calmo.
* Mãe gentil – A “mãe gentil” é a pátria. Um país que ama e defende seus “filhos” (os brasileiros) como qualquer mãe.
* Fulguras – fulgurante (reluzente, brilhante).
* Florão – “Florão” é um ornato em forma de flor usado nas abóbadas de construções grandiosas. O Brasil seria o ponto mais importante e vistoso da América.
* Garrida – Enfeitada. Que chama a atenção pela beleza.
* Lábaro – Sinônimo de bandeira. “Lábaro” era um antigo estandarte usado pelos romanos.
* Clava forte – Clava é um grande porrete, usado no combate corpo-a-corpo. No verso, significa mobilizar um exército, entrar em guerra.
 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Dia do estudante


 

SER ESTUDANTE

Marina da Silva
 
Se quiseres ser um verdadeiro estudante.
Não aprenda só o superficial,
Pois o difícil pode se tornar barreira vencida.
Para aquele cujo momento chegou agora, nunca é tarde demais!
Aprender o ABC não basta, mas aprenda-o.
Procura na escola o que deseja para tua vida,
Pois ela te recolherá, orientará, dirigirá.
Confia nos teus mestres: eles não te decepcionarão.
Se não tens teto, cobre-te de saber,
De vontade, de garra. Se tens frio, se tens fome,
Agarra-te ao livro: ele é uma boa arma para lutar.
Se te faltar coragem, Não tenha vergonha de pedir ajuda.
Certamente haverá alguém para te estender a mão.
Sê leal, fraterno, amigo, forte!
Nunca te deixes ser fraco, desleal, covarde.
Pois tu, jovem estudante, tens que assumir o comando do teu país.
Respeita para ser respeito.
Valoriza para ser valorizado.
Espalha amor para seres amado.
Não tenhas medo de fazer perguntas: toda a resposta terá sentido.
Não te deixes influenciar por pensamentos alheios ou palavras bonitas.
Tenha a tua própria linguagem (aperfeiçoa-te).
Quando te deparares com a injustiça, a impunidade, a corrupção,
A falta de limites, o abuso de poder,
Pensa na existência de tudo o que te cerca.
Busca o teu ideal e lembra: um valor não se impõe, se constrói.
Não faça do teu colega, uma escada para subir. 
Isto é imoral e a imoralidade não faz parte da tua lição.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Filosofia Moderna


O desenvolvimento da ciência  moderna inseriu-se em um contexto de questionamento sobre os critérios e métodos para elaboração de um conhecimento verdadeiro. Por essa razão, o processo de conhecer em si mesmo passou a ser investigado e discutido intensamente por boa parte dos principais filósofos. Essa discussão concentrou-se entre os séculos XVII e XVIII. Em consequência, a Idade Moderna tornou-se o período em que se formularam algumas das principais gnosiologias, ou teorias a respeito do conhecimento, da história e da filosofia. A Filosofia Moderna é o período conhecido como o grande Racionalismo Clássico, caracterizado pelo ceticismo originado do pessimismo teórico que duvida da capacidade humana para conhecer a realidade exterior e o homem. É o surgimento da teoria do conhecimento ou Epistemologia com os seus problemas fundamentais como se é possível o conhecimento de si mesmo e do mundo.
De meados do século XVIII ao começo do século XIX compreende a Filosofia da Ilustração ou Iluminismo. Este período também crê nos poderes da razão, igualmente denominada de “As luzes”, é a etapa de afirmação do ideário burguês de sociedade e da crença na maioridade humana por meio do uso da razão. A razão é capaz de aperfeiçoamento e progresso, e o homem é um ser perfectível, na medida em que consegue se liberar dos preconceitos religiosos, sociais e morais por meio do avanço das ciências, das artes e da moral laica. Pela razão, o homem pode conquistar a liberdade e felicidade social e política.
A Filosofia Moderna, a partir do início do Renascimento, no século XV, frequentemente é subdividida em:
---renascentista – Maquiavel, Montaigne, Giordano Bruno, entre outros;
---do século XVII – Francis Bacon, Descartes, Pascal, Hobbes, Espinosa, Leibniz, entre outros;
---do século XVIII ou iluminista – Locke, Bertkeley, Hume, Kant, Rousseau, Voltaire, entre outros.
Fonte: Gilberto Cotrim e  Marilena Chaui

sábado, 5 de maio de 2012

A nova forma de pensar

Racionalismo
A palavra racionalismo deriva do latim ratio, que significa “razão”, e é empregada em diversos sentidos. No contexto das teorias do conhecimento, racionalismo, designa a doutrina que atribui exclusiva confiança à razão humana como instrumento capaz de conhecer a verdade. Como advertia René Descartes, não devemos nos deixar persuadir senão pela evidência de nossa razão. A dúvida filosófica propriamente dita surge de uma necessidade inquietante de explicação racional 
Segundo os racionalistas, a experiência sensorial é uma fonte permanente de erros e confusões sobre  a complexa realidade do mundo. Somente a razão humana, trabalhando com os princípios lógicos, pode atingir o conhecimento verdadeiro, capaz de ser universalmente aceito.
Para o racionalismo, os princípios lógicos fundamentais seriam inatos, isto é, já estariam na mente do ser humano desde o nascimento. Daí a razão ser concebida como a fonte básica do conhecimento.
Empirismo
A palavra empirismo tem sua origem no grego empeiria, que significa “experiência”. As teoria empiristas defendem a tese de que todas as nossas ideias são provenientes da experiênciae, em última instância, de nossas percepções sensoriais(visão, audição, tato, paladar, olfato).
Um dos principais defensores do empirismo foi o filósofo inglês John Locke, que afirmava que nada vem à mente sem ter passado antes pelos sentidos. Locke entendia que, ao nascermos nossa mente é como um papel em branco desprovida de qualquer ideia e a experiência supre o conhecimento por meio de duas operações: -sensação que leva para a mente as várias e distintas percepções das coisas, através dos sentidos. –reflexão que consiste nas operações internas da própria  mente, desenvolvendo a ideias fornecidas pelos sentidos.
 Criticismo Kantiano
Immanuel Kant sintetiza seu otimismo iluminista em relação à possibilidade de o ser humano guiar-se por sua própria razão, sem se deixar enganar pelas crenças, tradições e opiniões alheias. Para ele à maneira em que o indivíduo cresce e amadurece, torna-se consciente da força e independência (autonomia) de sua inteligência para fundamentar sua própria maneira de agir, sem doutrinação ou tutela de outrem. Assim, o ser humano, como ser dotado de razão e liberdade é o objeto de estudo de Kant que, parte da investigação sobre as condições nas quais se dá o conhecimento, realizando um exame crítico da razão.
O problema do conhecimento, a questão do saber passa por duas formas básicas do ato de conhecer: -conhecimento empírico aquele que se refere aos dados fornecidos pelos sentidos. –conhecimento puro aquele que não depende de quaisquer dados dos sentidos, nascendo puramente de uma operação racional, constitui assim, um conhecimento universal.
Para Kant, sua filosofia representava uma superação do racionalismo e do empirismo, pois argumentava que o conhecimento é o resultado de dois grandes ramos: a sensibilidade, que nos oferece dados dos objetos, e o entendimento, que determina as condições pelas quais o objeto é pensado.

Fonte: Gilberto Cotrim

Platão e Aristóteles

Platão defendia o Inatismo, nascemos como princípios racionais e ideias inatas. A origem das ideias segundo Platão é dado por dois mundos que são o mundo inteligível, que é o mundo que nós, antes de nascer, passamos para ter as ideias assimiladas em nossas mentes. Quando nós nascemos no mundo conhecidos por todos, o mundo em que vivemos, denominado por Platão como mundo sensível nós já temos as ideias formuladas em nossas mentes mas muito guardadas que para serem utilizadas  é necessário “relembrar” as ideias já conhecidas através do mundo inteligível. Para Platão existem quatro formas ou graus de conhecimento que são a crença, opinião, raciocínio e indução. Para ele as duas primeiras podem ser descartadas da filosofia pois não são concretas, sendo as duas últimas são as formas de fazer filosofia. Para Platão tudo se justifica através da matemática e através dessa que nós chegamos a verdadeira realidade. Para Platão o conhecimento sensível ( crença e opinião ) é apenas uma da realidade, como se fosse uma visão dos homens da caverna do texto “Alegoria da Caverna” e o conhecimento intelectual  (raciocínio e indução) alcança a essência das coisas, as ideias.
Já Aristóteles era um filosofo que defendia o Empirismo, as ideias são adquiridas  através de experiência, na realidade o Empirismo não era concreto na época de Aristóteles, muitos filósofos como eu defendo que Aristóteles foi um dos criadores das principais ideias do Empirismo e para outros filósofos ele é apenas um realista, um filósofo que dá muita importância para o mundo exterior e para os sentidos, como a única fonte do conhecimento e aprimoramento do intelecto.
Ao contrário de Platão, Aristóteles defendia que a origem das ideias é através da observação de objetos para após a formulação da ideia dos mesmos. Para Aristóteles o único mundo é o sensível e que também é o inteligível.
Aristóteles diz que existem seis formas ou grau de conhecimento: sensação, percepção, imaginação, memória, raciocínio e intuição. Para ele o conhecimento é formado e enriquecido por informações trazidas de todos os graus citados e não há diferença entre o conhecimento sensível e intelectual, um é continuação do outro, a única separação existente é entre as seis primeiras formas e a última forma pois a intuição é puramente intelectual, mas isso não quer dizer que as outras formas não sejam verdadeiras mas sim formas de conhecimento diferentes que utilizam coisas concretas.
Podemos defender Aristóteles, dizendo os problemas sobre a teoria das ideias apresentada por Platão, como por exemplo, sua teoria diz que você vem ao mundo com suas ideias já formuladas e que essas ideias são intemporais, e como Platão explica diferentes ideias sobre o que é justiça? Ideia que segundo ele é inata e todos tem a mesma fonte do que seria a justiça.
Já a tese formulada por Aristóteles permite essa diferença, pois as ideias não são assimiladas por todas as pessoas na mesma fonte, pois a fonte é a experiência e nem todos tem as mesmas experiências.
A teoria Platônica não permite a introdução de novas ideias no mundo inteligível, já através da observação, princípio Aristotélico, a introdução de novas ideias é perfeitamente possível. Com isso podemos concluir, ser a teoria Aristotélica mais defensável.
Neste texto de Paulo Tadeu da Silva, pode-se dizer que para Aristóteles o conceito de escola seria o resultado da observação sistemática das diferentes instituições às quais se atribui o nome escola. Somente dessa maneira, para Aristóteles, o conceito de escola pode ter sentido universal, já que reúne em si a estrutura essencial aplicável ao conjunto das múltiplas escolas concretas existentes no mundo.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Ontologia


Ontologia significa o conhecimento do ser, e é um termo de origem grega. Ontologia reproduz a natureza do ser, da existência dos entes, da realidade e das questões metafísicas em geral.
Ontologia (em grego ontos e logoi, "conhecimento do ser") é a parte da filosofia que trata da natureza do ser, da realidade, da existência dos entes e das questões metafísicas em geral. A ontologia trata do ser enquanto ser, isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres. Costuma ser confundida com metafísica. Conquanto tenham certa comunhão ou interseção em objeto de estudo, nenhuma das duas áreas é subconjunto lógico da outra, ainda que na identidade.
A ontologia é a parte da metafísica que estuda o ser em geral e as suas propriedades transcendentes. Pode dizer-se que é o estudo do ser por aquilo que é e como realmente é. A ontologia define o ser e estabelece as categorias fundamentais das coisas a partir do estudo das suas propriedades, dos seus sistemas e das suas estruturas.
A ontologia é uma parte da filosofia, trata do ser concebido que tem uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres. Para a ontologia, qualquer coisa que existe é percebida apenas como algo que é nada mais do que isso, por isso ela é fundamental para muitos ramos da filosofia.
Os pensadores gregos da Antiguidade procuraram descobrir não apenas a origem de cada ser, ou de tudo o que existe, mas também o seu propósito, sua finalidade.
Este pensamento de Rubem Alves, explicita bem a busca do conhecimento do ser: "Pensar é voar sobre o que não se sabe. Não existe nada mais fatal para o pensamento que o ensino das respostas certas. As respostas nos permitem andar sobre a terra firme. Somente as perguntas nos permitem entrar pelo mar desconhecido. "(Rubem Alves)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

MITO


 "O mito é o nada que é tudo.
  O mesmo sol que abre os céus
  É um mito brilhante e mudo."

Fernando Pessoa

O mito é um dispositivo utilizado pelos antigos, para contar os fatos acontecidos em relação sua vivência cotidiana, utilizando-se da linguagem simbólica. O rito, já é concretização do mito, por exemplo: O casamento; A purificação de jovens meninas para entrarem numa tribo na África, cortando o hímen. No rito a palavra e os gestos ganham a sua sacralidade, e é por isso que muitas tradições existem até hoje, especificamente o Cristianismo. O mito no seu sentido de origem: “O mito é a mais antiga forma de conhecimento, de consciência existencial e ao mesmo tempo, de representação religiosa sobre a origem do mundo, sobre os fenômenos naturais e a vida humana. Deriva do grego mythos, palavra, narração ou mesmo discurso, e dos verbos mytheyo (contar, narrar) e mytheo (anunciar e conversar). Sua função, por tanto é a de descrever, lembrar e interpretar todas as origens, seja ela a do cosmo(cosmogonia), dos (teogonia) , das forças e fenômenos naturais (vento, chuva, relâmpago, acidente geográfico, seja ela a da causas primordiais que impuseram ao homem as suas condições de vida e seus comportamentos. Em síntese, é a primeira manifestação de um sentido para o mundo.

A explicação mítica é contrária à explicação filosófica. A Filosofia procura, através de discussões, reflexões e argumentos, saber e explicar a realidade com razão e lógica enquanto que o mito não explica racionalmente a realidade, procura interpretá-la a partir de lendas e de histórias sagradas, não tendo quaisquer argumentos para suportar a sua interpretação. O pensamento mítico teve início na Grécia, do séc. XXI ao VI a.C. e nasceu do desejo de dominação do mundo, para afugentar o medo e a insegurança. A verdade do Mito não obedece à lógica nem da verdade baseada na experiência, nem da verdade científica.
No passado, no contexto da cultura ocidental, os gregos foram os que mais se destacaram no campo da mitologia, além de suas influências culturais em outras áreas do conhecimento. Na cultura ocidental o mito tornou-se, assim, o primeiro instrumento que desvendou os mistérios do mundo e traduziu os primeiros entendimentos do ser humano sobre a realidade.

ATENA, A DEUSA DA SABEDORIA E DA GUERRA

Narra o mito que a Sabedoria e a Justiça, personificadas pela deusa grega Athena, é fruto de Métis (a astúcia, a inteligência) com o poderoso Zeus, ordenador do Cosmos.

Após ter sido proferido pelo oráculo que, se Zeus tivesse uma filha, ela se tornaria ainda mais poderosa que ele, Zeus tratou de engolir Métis para impedir o nascimento. Assim, Athena é gerada na cabeça do soberano do Olimpo (por isso, a deusa é associada ao lógos).

Findado o período de gestação, o supremo deus começou a sentir terríveis dores de cabeça, pois enquanto a Justiça não nasce, elas são inevitáveis.

Desesperado e no limite, Zeus ordena ao ferreiro divino Hefestos (Vulcano) que lhe abra a cabeça. Mesmo a contragosto, com técnica e precisão, desferra-lhe o machado de ouro certeiro e todos se surpreendem ao verem surgir, imponente e armada, pronta para a guerra, a deusa Palas Athena.

Palas significa "a donzela", pois a poderosa filha pede ao pai para manter-se sempre virgem e, desta forma, impor-se com a autoridade de quem não se deixa seduzir ou corromper.

Sua principal característica física é o porte altivo. Invocando a proteção de Athena sobre todo e qualquer embate, tem-se a vitória como certa, uma vez que Palas Athena é sempre acompanhada por Niké (a vitória).

http://www.esdc.com.br/CSF/artigo_palasathena.htm

terça-feira, 24 de abril de 2012

Filosofia e Filosofia de Vida


A filosofia, a primeira vista, é entendida como algo enigmático, extremamente abstrato e distante da realidade. Isso ocorre devido à busca de diferentes respostas sobre indagações que continuamente fazemos ao longo de nossa existência como sobre o conhecimento, sobre os valores, sobre a natureza, sobre a beleza, sobre o homem. Essas inquietações decorrem da necessidade que todo ser humano tem de compreender o significado do mundo e de si mesmo. Na procura dessa compreensão criam-se novos significados, questionando-se e tecendo uma teia de relações cada vez mais abrangentes que indiquem respostas, mesmo que provisórias, na busca da verdade. O problema é que existem muitas respostas e nenhuma delas é unânime: qualquer tentativa de definição enfatiza determinados pontos e desvaloriza outros considerados importantes por outros filósofos.

Assim, o princípio para a filosofia é a inquietação que conduz ao questionamento e à reflexão. Pensar, reflexiva e criticamente sobre as questões que dizem respeito à constituição dos sentidos dos seres humanos, é estar iniciando-se no próprio processo do filosofar. Os sentidos e ou conceitos, constituídos historicamente pelos seres humanos, alimentam suas vidas e os vão constituindo como pessoas. Filosofia  é buscar o conhecimento entre todas as coisas e as relações entre si, dos fatos, dos valores e dos sentidos, mas não assumindo nenhuma como verdade, pois verdades são transitórias, o que hoje se considera como verdade, amanhã não devido às constantes pesquisas e às evoluções socioculturais e tecnológicas.

A Filosofia de vida é a concepção do que é a vida e de como vivê-la, a partir das experiências diárias, aprendidas e apreendidas nas relações estabelecidas com a família, a igreja, o trabalho, a sociedade e a cultura. Tudo isso integra a realidade e a forma como optar viver no mundo atual. Desta forma, filosofia de vida não depende tanto assim da Filosofia e sim do que é assimilado para o bem ou mal viver, envolvendo cultura, conhecimento, amizade,reflexão, sabedoria...

Portanto, a Filosofia e Filosofia de Vida estão intrinsicamente relacionadas por ser um sistema realizado aos poucos, através do gradual progresso da humanidade mediante a história do ser em contato com o meio ao qual está inserido, unindo saber e realidade.
A música Filosofia de Vida de Martinho da Vila retrata bem a Filosofia de Vida. Ouça a música:
Ficha Técnica:
·               Autor: Martinho da Vila , Fred Camacho , Marcelinho Moreira
·         Estilo: Samba / Pagode
·         Gravadora: MZA Music
·         Ano: 2010
Filosofia de Vida  Martinho da Vila
"Meu destino eu moldei
Qualquer um pode moldar
Deixo o mundo me rumar
Para onde eu quero ir
Dor passada não me dói
E nem curto nostalgia
Eu só quero o que preciso
Pra viver meu dia a dia

Pra que reclamar de algo que não mereço
A minha razão é a fé que me guia
Nenhuma inveja me causa tropeço
Creio em Deus e na Virgem Maria
Encaro sem medo os problemas da vida
Não fico sentado de pernas pro ar
Não há contratempo sem uma saída
Pra quem leva a vida devagar

Meu destino eu moldei
Qualquer um pode moldar
Deixo o mundo me rumar
Para onde eu quero ir
Dor passada não me dói
E nem curto nostalgia
Eu só quero o que preciso
Pra viver meu dia a dia

Que o supérfluo
Nunca nos falte
Básico para
Quem tem carestia
Não quero mais do que eu necessito
Pra transmitir minha alegria"