sábado, 5 de maio de 2012

A nova forma de pensar

Racionalismo
A palavra racionalismo deriva do latim ratio, que significa “razão”, e é empregada em diversos sentidos. No contexto das teorias do conhecimento, racionalismo, designa a doutrina que atribui exclusiva confiança à razão humana como instrumento capaz de conhecer a verdade. Como advertia René Descartes, não devemos nos deixar persuadir senão pela evidência de nossa razão. A dúvida filosófica propriamente dita surge de uma necessidade inquietante de explicação racional 
Segundo os racionalistas, a experiência sensorial é uma fonte permanente de erros e confusões sobre  a complexa realidade do mundo. Somente a razão humana, trabalhando com os princípios lógicos, pode atingir o conhecimento verdadeiro, capaz de ser universalmente aceito.
Para o racionalismo, os princípios lógicos fundamentais seriam inatos, isto é, já estariam na mente do ser humano desde o nascimento. Daí a razão ser concebida como a fonte básica do conhecimento.
Empirismo
A palavra empirismo tem sua origem no grego empeiria, que significa “experiência”. As teoria empiristas defendem a tese de que todas as nossas ideias são provenientes da experiênciae, em última instância, de nossas percepções sensoriais(visão, audição, tato, paladar, olfato).
Um dos principais defensores do empirismo foi o filósofo inglês John Locke, que afirmava que nada vem à mente sem ter passado antes pelos sentidos. Locke entendia que, ao nascermos nossa mente é como um papel em branco desprovida de qualquer ideia e a experiência supre o conhecimento por meio de duas operações: -sensação que leva para a mente as várias e distintas percepções das coisas, através dos sentidos. –reflexão que consiste nas operações internas da própria  mente, desenvolvendo a ideias fornecidas pelos sentidos.
 Criticismo Kantiano
Immanuel Kant sintetiza seu otimismo iluminista em relação à possibilidade de o ser humano guiar-se por sua própria razão, sem se deixar enganar pelas crenças, tradições e opiniões alheias. Para ele à maneira em que o indivíduo cresce e amadurece, torna-se consciente da força e independência (autonomia) de sua inteligência para fundamentar sua própria maneira de agir, sem doutrinação ou tutela de outrem. Assim, o ser humano, como ser dotado de razão e liberdade é o objeto de estudo de Kant que, parte da investigação sobre as condições nas quais se dá o conhecimento, realizando um exame crítico da razão.
O problema do conhecimento, a questão do saber passa por duas formas básicas do ato de conhecer: -conhecimento empírico aquele que se refere aos dados fornecidos pelos sentidos. –conhecimento puro aquele que não depende de quaisquer dados dos sentidos, nascendo puramente de uma operação racional, constitui assim, um conhecimento universal.
Para Kant, sua filosofia representava uma superação do racionalismo e do empirismo, pois argumentava que o conhecimento é o resultado de dois grandes ramos: a sensibilidade, que nos oferece dados dos objetos, e o entendimento, que determina as condições pelas quais o objeto é pensado.

Fonte: Gilberto Cotrim

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