Racionalismo
A palavra racionalismo deriva do latim ratio, que significa “razão”, e é
empregada em diversos sentidos. No contexto das teorias do conhecimento,
racionalismo, designa a doutrina que atribui exclusiva confiança à razão
humana como instrumento capaz de conhecer a verdade. Como advertia René
Descartes, não devemos nos deixar
persuadir senão pela evidência de nossa razão. A dúvida filosófica
propriamente dita surge de uma necessidade inquietante de explicação
racional
Segundo os racionalistas, a experiência sensorial é
uma fonte permanente de erros e confusões sobre
a complexa realidade do mundo. Somente a razão humana, trabalhando com
os princípios lógicos, pode atingir o conhecimento verdadeiro, capaz de ser
universalmente aceito.
Para o racionalismo, os princípios lógicos
fundamentais seriam inatos, isto é, já estariam na mente do ser humano desde o
nascimento. Daí a razão ser concebida como a fonte básica do conhecimento.
Empirismo
A palavra empirismo tem sua origem no grego empeiria,
que significa “experiência”. As teoria empiristas defendem a tese de que todas
as nossas ideias são provenientes da experiênciae, em última instância, de
nossas percepções sensoriais(visão, audição, tato, paladar, olfato).
Um dos principais defensores do empirismo foi o
filósofo inglês John Locke, que afirmava que nada vem à mente sem ter passado antes pelos sentidos. Locke
entendia que, ao nascermos nossa mente é como um papel em branco desprovida de
qualquer ideia e a experiência supre o conhecimento por meio de duas operações:
-sensação que leva para a mente as várias e distintas percepções das
coisas, através dos sentidos. –reflexão que consiste nas operações
internas da própria mente, desenvolvendo
a ideias fornecidas pelos sentidos.
Immanuel Kant sintetiza seu otimismo iluminista em
relação à possibilidade de o ser humano guiar-se por sua própria razão, sem se
deixar enganar pelas crenças, tradições e opiniões alheias. Para ele à maneira
em que o indivíduo cresce e amadurece, torna-se consciente da força e
independência (autonomia) de sua inteligência para fundamentar sua
própria maneira de agir, sem doutrinação ou tutela de outrem. Assim, o ser
humano, como ser dotado de razão e liberdade é o objeto de estudo de Kant que,
parte da investigação sobre as condições nas quais se dá o conhecimento, realizando
um exame crítico da razão.
O problema do conhecimento, a questão do saber
passa por duas formas básicas do ato de conhecer: -conhecimento empírico aquele
que se refere aos dados fornecidos pelos sentidos. –conhecimento puro aquele
que não depende de quaisquer dados dos sentidos, nascendo puramente de uma
operação racional, constitui assim, um conhecimento universal.
Para Kant, sua filosofia representava uma superação
do racionalismo e do empirismo, pois argumentava que o conhecimento é o
resultado de dois grandes ramos: a sensibilidade, que nos oferece dados dos
objetos, e o entendimento, que determina as condições pelas quais o objeto é
pensado.
Fonte: Gilberto Cotrim
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